segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Ate o fim do mundo por 1 celular...

my gooodyyy, parece que tudo aqui ta andando muito rapido
exceto o transito
ainda nao entrei em nenhum rickshaw, nem taxi com o velocimetro funcionando
meu chute eh que a velocidade maxima nao deve passar de 40km/h

pode parecer ruim a primeira vista
mas depois entendi que nao eh tao ruim assim
assim pelo menos voce pode desviar dos carros enquanto tenta alcancar o outro lado da rua
a sensacao mais proxima que ja senti foi quando estive em Pipa durante a Semana Santa pra surfar
pra entrar no mar voce tinha que tracar primeiro uma estrategia
e entao depois de calcular a melhor hora e maneira pra entrar
voce percebe que nao adiantou nada
foi dificil do mesmo jeito
depois desse treinamento acho que vou estar tao pro quanto Michael Scoffield do Prison Break
(rafael, voce pode desenvolver ainda mais sua habilidade estrategica aqui!)

vou escrever de tras pra frente, minha memoria parece que funciona melhor assim
entao, no domingo 2 caras da Tunisia se ofereceram para ir comigo ate o fim do mundo comprar um celular pra mim
eles moram ha uns 10minutos a pes de mim, entao depois de nos encontrarmos, pegarmos 1 rickshaw por uns 30mins, 1 trem ate o fim do mundo (nao sei o nome do lugar) e 1 taxi conseguimos chegar no tal shopping chines
na festa que fui no sabado tinha um cara dizendo que foi lah e que "man, everything there is fucking cheeeap, you gotta go there"
depois de chegar la lembrei que ele nao eh brasileiro
e que o "cheap" dele nao eh o mesmo do meu
mas depois de ter viajado ate o fim do mundo, decidi comprar um SonyEricson (apenas funcional) por 1500 Rupees (~65 reais). Acho que temos coisa parecida ai no Brasil -- e basta ir num Shopping comum!

entao, a partir de agora eu vou apenas ignorar a palavra "cheap" que todos insistem em dizer aqui
parece que a unica coisa realmente barata eh a comida
um almoco chines custa uns 6 reais
mas os padroes sao outro
se tivesse que comprar, seria algo como o Mercado da Madalena
mas nao se atenha tanto a essa comparacao
nao podemos comparar azul com verde...

entao, depois de nossa viagem eu deveria voltar para o "meu" flat
e entao encontrar Anika (uma amiga de Isabel que esta fazendo um estagio em Mumbai)
problema foi que os meus guias nao concordaram em voltar pra casa
e eu nao tinha concicoes de voltar sozinho
eles desenvolveram uma fixacao por um restaurante que ficava pela regiao onde estavamos
e queriam comer la
problema eh que quando chegamos no tal restaurante
ele soh comecava a servir refeicao a partir das 19h
entao tivemos que esperar 1h andando entre a feira, os carros e as pessoas
ate o tal restaurante abrir e finalmente comermos

a comida do restaurante era saborosa
mas os padroes... vou, vou deixar-lhes com minha colega Jackeline (3 meses em Mumbai): "sometimes this Indian standards still chokes me"
entaaao... o que esperar? hehehe
mesa suja, agua direto da torneira (sem filtrar)... mas claro, pedimos pra limpar e nao aceitamos a agua
comi saborosas coxas de galinha com um tipo de pao e arroz (apimentado!)
e tudo que precisei pra isso foram minhas maos :P

depois de comermos MUITO tivemos que fazer toda a jornada de volta
quando cheguei no "meu" lado da cidade ja eram 10pm
mas eu ainda fui ver onde era o super mercado
o que foi uma fantastica ideia
porque no caminho tinha uma loja de eletronico
e la tinha uma poltrona de massagem
maaaan, foi a melhor sensacao que ja tive nos ultimos tempos
aaah, e na loja tinha ar condicionado!!!
como pode ser que fizeram uma maquina dessas tao perfeita?
saimos de lah falando pro gerente que queriamos comprar uma
e que voltamos depois

no flat as coisas nao foram tao diferentes das outras noites
fiquei a noite inteira rezando pra estar passando na TV algum filme com legendas
e entao la pras 6am consegui dormir
ainda nao adaptei ao fuso, a saudade, a tudo... nao consigo desligar a cabeca com tanta coisa acontecendo.

Um comentário:

  1. cara, tua mãe ta te procurando, pelo que entendi teve um atentado por ai e ela nao consegue falar contigo. da um sinal de vida.
    abraço

    Vitor

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